Batman completa 70 anos… E daí? # parte 1

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Devido à grandiosidade do post e da história do Batman, esse vai dividido em três partes, espero que gostem.

Em maio de 1939, Bob Kane e Bill Finger lançavam o Batman na Detective Comics #27… Isto não é uma completa verdade. De acordo com os sites The Golden Age of Comic Books e Silver Age Comics, a data que consta na revista, não é a data do lançamento do homem-morcego. De acordo com eles, o Batman já teria feito aniversário no dia 14 de abril… Mas, vamos à sua historinha, da forma mais reduzida possível: O Batman, no decorrer dos seus anos, já enfrentou várias agruras.

No começo de sua carreira, ele não se importava se o bandido vivia ou morria, chegando até em portar uma .45. Com o passar dos tempos, as coisas foram amenizando. Na década de 1940, ele ganhou seu primeiro parceiro, Robin (Dick Grayson), na intenção de atrair um público mais jovem, só que isso atraiu a atenção de um psiquiatra alemão, Fredric Wertham, que escreve o livro “Sedução do Inocente”, onde sugestionava que Bruce Wayne e seu pupilo tinham uma relação homossexual! Para amenizar um pouco a situação, foram criadas a Bat-Woman (Kethy Kane) e a Bat-Girl (Betty Kane).

Seguindo uma linha de mascotes de super-heróis, foi criado Ace The Bat-hound, um pastor alemão que calçava uma máscara de morcego e ajudava o Batman. Foi neste período que também surgiu o Bat-Mite (conhecido aqui como Bat-Mirim ou Bat-Duende), um ser de outra dimensão que era fã do Batman. Mas nada disso aliviou a situação do cruzado encapuzado. Então, numa decisão editorial, Julius Schwartz enxugou o universo do Batman, deixando somente ele e seu parceiro.

O personagem ainda possuía fãs ardorosos na década de 1950 e 1960, mas não gerava novos fãs, só que em 12 de janeiro de 1966, foi ao ar o seriado Batman, com o ator Adam West trajando a roupa do morcego e Burt Ward como Robin, que culminou na primeira “Batmania”.

O Batman já havia tido seriados anteriores, mas o estilo camp (“uma forma de paródia cômica em que as convenções e clichês de uma forma dramática (…) são deliberadamente exagerados ao ponto do ridículo” – Fonte: IMDB), trazia um Batman mais ameno, fora de forma e bem alegre. Sua interação com o Robin fez ressurgir a polêmica homossexual. A série durou duas temporadas, tendo ao final dela o surgimento da segunda Batgirl. Esta era filha do Comissário Gordon, Bárbara Gordon, uma bibliotecária que decidiu vestir o traje do morcego e lutar ao lado da Dupla Dinâmica. Ela foi incorporada ao universo quadrinhesco do Batman de forma positiva, vindo a se tornar razão de afeto do primeiro Robin.

Graças ao sucesso da TV, o clima fora incorporado nos quadrinhos, sendo bem recebido durante um tempo, mas então, após passarem com grande sucesso pela minissérie Green Lantern/Green Arrow, Denny (ou Dennis) O’Neil e Neal Adams foram convocados para reacender a chama do Cavaleiro das Trevas (que não era tão das trevas, mais!). Então em janeiro de 1970, Bruce Wayne deixava para trás sua mansão, para morar em uma cobertura, Dick Grayson foi para a faculdade e o Batman voltava a agir somente à noite e sozinho. Velho vilões, há muito sumidos, retornaram mais violentos e novos inimigos sugiram, como o eco-terrorista Ra’s Al Ghul.

Durante o período que Denny O’Neil permaneceu como editor das revistas do morcego, vimos um revivamento do mito. Em 1986, após a segunda Crise dentro do Universo DC, o Batman foi re-criado por Frank Miller.

Após o sucesso de The Dark Knight Returns (que junto com Watchmen, foi o começo da Era Moderna dos Quadrinhos), aonde um velho Bruce Wayne, voltava a trajar seu uniforme, Frank Miller foi chamado para reviver os bons e velhos tempos do homem-morcego. A idéia dele era dar um ar mais noir ao Batman, com tons de obscuridade. Quem ficara responsável pela arte da reconstrução da personagem foi o desenhista e pintor David Mazzucchelli.

[Amanhã tem a segunda parte]

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