China faz o que todo país deveria fazer: proibir o playback

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Esses dias, assistindo o Caldeirão do Huck, vejo o Titãs fazendo playback da “novíssima” Flores. Troquei de canal na hora. Nada contra a banda ou a música, que por sinal acho uma das melhores do grupo. Mas quase sempre me recuso a dar audiência a um artista dublando uma música nova, imagine uma antiga. Veja o vídeo:

É claro que essa não é uma exclusividade do programa ou da banda citada. A prática do playback é deveras comum por parte dos artistas que visitam os programas de TV, tanto aqui quanto em diversos lugares do mundo. A dublagem, na verdade, só serve mesmo como divulgação do trabalho do artista e como forma de engambelar o telespectador, pois não há coisa mais idiota ou sem sentido que ver um cantor mexendo a boca sem estar cantando de verdade e sua banda se remexendo com instrumentos desligados e inaudíveis.

E quando o playback deixa a TV e migra para o show? Sim, isso ocorre, principalmente em apresentações gratuitas. Nada mais fake do que ver alguém no palco dublando um CD, certo?

Creio que isso não acabará tão cedo, se é que um dia vai ter fim. Apesar de que há algum tempo os programas passaram a ter mais cantores se apresentando realmente ao vivo. Porém, ainda é muito pouco.

Mas se aqui no Brasil as dublagens não têm hora para acabar, ao menos na China os cantores deverão deixar de lado tal ato. E na marra. O Ministério da Cultura Chinês vai iniciar uma campanha contra o uso do playback, inspecionando e gravando os musicais pelo país, sob pena de multa para os artistas que só fingirem estar cantando. Todas as apresentações musicais feitas por lá deverão ser gravadas pelos organizadores, que deverão mandar uma cópia aos inspetores. Quem desobedecer a lei será multado em 3.000 iuanes (US$ 439).

Tais leis passaram a vigorar após algumas apresentações, como na abertura das Olimpíadas de Pequim, terem utilizado da dublagem sem que os organizadores e o público tivesse conhecimento prévio.

Não sei se a proibição vale também para apresentações televisivas, mas pelo menos em público não teremos mais playback em solo chinês. Que um dia o Brasil tome a China como exemplo.

Fonte: G1

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