Marvels, uma revolução nos quadrinhos #parte 2

1

Esse post é em comemoração ao anúncio do lançamento, aqui no Brasil, da continuação de Marvels, “Marvels: Eye of the Camera”. Leia a primeira parte aqui.

Comecemos de onde eu parei na primeira parte. Então Phil, até então fotógrafo free-lancer que trabalhava tanto para o Globo Diário (Daily Globe), quanto para o Clarim Diário, lança seu livro intitulado “Maravilhas (Marvels)“. Mas seu trabalho de fotógrafo não para por aí. O tema do seu livro, os super-heróis, as Maravilhas, continuam a ser perseguidas, para a tristeza de Phil, que conhece até uma nova geração de super-heróis graças ao contato com Luke Cage, o Herói de Aluguel. Mas quando ele investiga o assassinato do Capitão Stacy, que todos acreditam ter sido morto pelo Dr. Octopus e o Homem-Aranha, termina conhecendo a jovem Gwen Stacy.

Gwen consegue renovar em Phil Sheldon a fé nas Maravilhas. A visão poetizada dela durante a ação de resgate de Namor faz com que Phil crie uma paixão platônica pela jovem. Ele volta a se sentir melhor com a presença das Maravilhas, até o dia em que Gwen é seqüestrada pelo Duende Verde e levada ao topo da Ponte do Brooklyn. Durante o embate do Homem-Aranha, que tentava resgatar Gwen das mãos do Duende, uma tragédia ocorre e ela morre, fazendo o mundo a volta do fotógrafo desmoronar. Sua ajudante, contratada para ajudá-lo na seleção de fotos para um novo livro, tenta reanimá-lo, mas num ímpeto de raiva, durante a transmissão da batalha entre Gavião Arqueiro e o Hulk contra uma criatura elétrica, ele quebra a televisão.

Marvels mostra como um humano, neste caso Phil Sheldon, vê os super-heróis. Primeiro veio o temor pelo o que eles podiam fazer, depois veio à jubilação quando esses mesmos heróis combatem os nazistas e japoneses passando à repulsa e o pavor quanto aos mutantes, após isso, a angustia e a raiva pelas pessoas criticarem aquilo que mais tarde saudaram, fechando com o rejúbilo ao conhecer Gwen Stacy e com esmorecimento e a revolta após sua morte.

As homenagens são notadas em todo o decorrer da saga, fato que se tornou marcante na carreira de Alex Ross. Dos rostos conhecidos, notamos Clark Kent e Lois Lane, o Superman clássico pulando pelos telhados, o editor-chefe do Clarim Diário, no começo de carreira de Phil é ninguém menos do que Martin Goodman. Nick Fury é mostrado mais novo, com parte do rosto sombreada, exatamente onde ficará seu tapa-olho. Tony Stark fora baseado nos atore Timothy Dalton e Errol Flynn. Temos figuras como os Beatles, Cornie Francis, Bea Arthur, Capitão Marvel, o ex-presidente John Kennedy e sua esposa Jacqueline Kennedy, Dick Van Dyke e Mary Tyler Moore, Billy Batson, o próprio escritor Kurt Busiek, os músicos Pete Townsend e Roger Daltrey, da banda The Who, os integrantes da banda Badfinger, o pai e o irmão de Alex Ross, Stan Lee, Jack “The King” Kirby, Joe Simon, John Romita, Jimmy Olsen, Hugh Hefner e Steve Darnall. Sem contar inúmeras referências aos quadrinhos que saíram em cada período, tanto na fase da Timely Comics, quanto na Marvel Comics.

A Editora Abril, pela sua divisão Abril Jovem, lançou Marvels (usando o título original, ainda bem!) aqui no Brasil em 1995, um ano depois de sua publicação nos Estados Unidos, e em 2004 a Panini Comics lançou a Edição Comemorativa de 10 anos da publicação, com uma bela introdução, intitulada Marvels 0, contando a história do Tocha Humana original e sua criação.

Com certeza Marvels marcou época e ainda foi um grande feito dos quadrinhos estadunidenses, pois até hoje, eu lendo, me admiro com a simplicidade e o conteúdo tão valoroso que esta história tem.

Gostou? Então Clique no Botão +1 e Curta no Facebook!