O Batman da Era Morrison

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A Era Moderna dos quadrinhos (ou de Aço, em referência as quatro eras (ouro, prata, bronze e aço) ou de Diamante, de acordo com Scott McCloud) iniciou-se em 1986 com Batman: O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller e [BP]Watchmen:RevAulsas[/BP] de Alan Moore e Dave Gibbons. De lá para cá não houve mudanças de eras (coisa que acho estranha, mas isso é outro assunto), mas também nunca houve mudanças tão abruptas nos quadrinhos do [BP]Batman:RevAvulsas[/BP], da DC Comics, como agora.

Tudo começou quando fizeram a saga Silêncio, onde surge a premissa da reaparição de Jason Todd. Então veio a saga do Capuz Vermelho, que revelou ser a volta do – indesejável – segundo Robin, que havia morrido tempos antes, mas por um rompimento na barreira do tempo, pelo Superboy Prime (???), fez com que ele voltasse. Tá, isso tudo foi antes de Grant Morrison (All Star Superman, Crise Final), mas quando ele entrou nos quadrinhos do Batman, junto com o editor-chefe e vice-presidente sênior da DC Comics Dan DiDio, começou modificações drásticas no universo do morcego.

Eles começaram por transformar a minissérie O Filho do Demônio, onde Talia Al Ghul gerava um filho do Batman, como parte da cronologia e não uma história fora dela. Depois trouxeram o Clube de Heróis do passado perdido do Batman. O Clube era também conhecido como Batmen de Todas as Nações, pois existiam vários heróis mascarados que se basearam no homem-morcego. Então eis que surge algo que modificaria completamente tudo, Batman: R.I.P.

A idéia não era “matar” o Batman, mas levá-lo ao fundo do poço. Por que não matar o Batman numa saga chamada “Descanse em Paz” (Rest In Peace, em português)? Porque os planos de Morrison iam além desta saga.

Ao mesmo tempo em que escrevia R.I.P., Morrison assumiu a minissérie Crise Final, onde “heróis viravam lendas”, como dizia a premissa, e na sexta edição da minissérie, Batman morreu!… Lógico que estamos falando dos quadrinhos, então Batman não morreu, morreu, mas essa era a idéia que queriam passar.

Assim sendo iniciou-se o que chama de Batalha Pelo Capuz (Battle for the Cowl), onde vários batalhariam para ocupar o lugar do Cavaleiro das Trevas. Depois dela, uma nova fase se iniciará no universo do homem-morcego, onde novas séries estrearão e haverá uma modificação radical no Batman. Essa modificação ficará a cargo de… Grant Morrison!

A revista Batman & Robin, que será assumida por Morrison nos roteiros e Frank Quitely (All Star Superman) nos desenhos, trará um “Batman mais alegre e um Robin mais carrancudo”, nas palavras do roteirista. A idéia de Morrison, de acordo com o que ele disse ao Comic Book Resource é “… ser David Lynch fazendo um seriado de TV de Batman.”, ele pretende usar os recursos das onomatopéias, em quatro arcos-“evento” de três capítulos cada.

Muitos fãs – dentre eles, eu – acham que será a pior coisa feita no Batman, desde a Era de Prata, quando o personagem viajava no espaço, no tempo e em dimensões. Poderia ser ridículo, mas era Bruce Wayne sob a máscara. Agora fica a surpresa, pois aparentemente nem Morrison e nem DiDio aparentam ligar muito para Dick ou Tim, pois aparentemente até ele será substituído como Robin. Agora é esperar a Batalha terminar para ver no que vai dar.

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