Descanse em paz, Frank Frazetta

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Eu não gosto de escrever matérias assim, mas quando é preciso… Um dos maiores artistas de quadrinhos do mundo faleceu essa semana, Frank Frazetta.

Ele nasceu em 1929 no bairro do Brooklyn, em Nova York. Já no começo da carreira, decidiu eliminar uma dos z’s do nome, para parecer mais aceitável. Único homem de uma família de quatro crianças, e já com dois anos era incentivado pela avó a desenhar, lhe dando 1 centavo por seus desenhos. Quando não tinha mais papel, Frazetta improvisava no papel higiênico. Já na escola, os professores enlouqueciam com seus desenhos selvagens, o que levou a seus pais colocarem ele na Brooklyn Academy of Fine Arts de Michael Falanga, aos oito anos. Aos quinze anos começou a trabalhar no Estúdio do artista Bernard Baily fazendo limpeza de lápis dos desenhos. Seu primeiro trabalho foi como arte-finalista de John Giunta na revista Snowman, da Tally-Ho Comics, que era publicado na Swappers Quarterly and Almanac / Baily Publishing Company. Seu segundo trabalho confirmado, já que naquela época não tinham costume de dar créditos, foi com quatro paginas na revista Teasure Comics #07, da Prize Comics, cujo título era “To William Penn founder of Philadelphia…” (algo como “Para William Penn fundador da Filadélfia…”), e depois em uma página estrelada pelo Capitão Kidd Jr., cujo título era “Ahoy, Enemy Ship!” (“Olá, Navio Inimigo!”).

Na década de 1950 trabalhou na EC Comics, National Comics (atual DC Comics), Avon Comics e tantas outras no gênero de quadrinhos, geralmente junto a Al Williamson e Roy Krenkel. Trabalhou com personagens como capas da revista Buck Rogers, da Famous Funnies, iniciou sua própria revista, Johnny Comet, auxiliou Dan Barry nas tiras de Flash Gordon e Al Capp nas tiras Li’l Abner. Em 1956 se casou com Eleanor Kelly, com quem teve quatro filhos: Frank Jr., Billy, Holly e Heidi.

Na década de 1960, Frazetta foi trabalhar na revista Playboy, ao lado de Harvey Kurtzman, fazendo as paródias eróticas da personagem Little Annie Fanny. Com seu desenho para a Mad Magazine do beatle Ringo Starr, Frank Frazetta foi chamado pelos estúdios United Artists para fazer o cartaz do filme “What’s new Pussycat”, de Clive Donner. Neste período ele também chegou a fazer capas de livros de bolso de aventura. Foi a partir daí que ele começou seus trabalhos mais conhecidos com Tarzan e o cimério Conan. Os trabalhos de Frazetta com Tarzan eram as capas para os livros de bolso das histórias de Edgar Rice Burroughs. Depois disso, ele se ateve a trabalhos comerciais com cartazes de filmes, capas de livros e calendários, fez ou outra retornando aos quadrinhos para fazer artes como em Vampirella.

Quando retornou as ilustrações, fez as capas dos álbuns musicais de Molly Hatchet: “The Death Dealer”, “Dark Kingdom” e “Berserker”. Fez o desenhos “Snow Giants”, para o segundo álbum da banda Dust, “Hard Attack” e “The Brain” para o álbum “Expect No Mercy” da banda Nazareth.

Em 2008, sua pintura para um livro de bolso de Burroughs, “Escape on Venus”, foi vendido por US$ 251 mil, e em 2009, seu trabalho de 1967, Conan The Conqueror, foi vendido pelo valor de US$ 1 milhão para o guitarrista Kirk Hammett, do Metallica. Frazetta mantinha um pequeno museu junto a sua propriedade, em East Stroudsburg, Pennsylvania, que teve uma das paredes destruidas pelo seu filho, Frank Jr., na tentativa de roubar mais de 90 quadros pintados do artista, alegando querer protegê-los de compradores. Seus irmãos o processaram e o próprio Frazetta falou em público que o filho era um estranho.

Frank Frazetta
deixa um enorme legado com suas imagens de bárbaros, mulheres voluptuosas e cenas bem marcantes. Descanse em paz, grande mestre!

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