Uma das principais comunidades do Orkut chegou ao fim. Depois de encarar inúmeras ameaças por parte da APCM (Associação Antipirataria Cinema e Música), a Discografias encerrou suas atividades na noite deste domingo (15). O grupo contava com mais de 920 mil usuários.
Além dela, outras comunidades relacionadas tiveram o mesmo fim, casos de “Trilhas Sonoras de Filmes”, “Trilhas Sonoras de Novelas” e “Índice Geral”, todas gerenciadas pela mesma moderação.
Essas comunidades consistiam em fóruns onde as pessoas postavam links de arquivos musicais, hospedados em sites como Rapidshare e Megaupload, com o intuito de trocar e enriquecer seu repertório musical por meio dos downloads. Mas como a grande maioria deste conteúdo é protegido por direitos autorais, a APCM não mediu esforços para pôr fim aos fóruns.
As críticas e a indignação da moderação da Discografias devem-se ao fato de que há inúmeras formas de se conseguir música e não haveria motivo para que apenas a comunidade você alvo de represálias, como você pode ver em parte do comunicado, deixado pela moderação na comunidade:
Não é com o fechamento desta comunidade e outras equivalentes que as gravadoras irão aumentar seus lucros.
Muitos artistas perderão seus meios de divulgação.
Milhares de membros terão que procurar outras atividades no Orkut que não seja o download de músicas e afins. O número de sites e blogs de conteúdo similar, mais programas como eMule, limewire, de torrents e outros P2P, cresce em progressão geométrica.
Perdem eles, perdemos todos, mas enfim, tudo em nome do dinheiro das grandes corporações. Nada em nome da cultura.
O restante do comunicado você pode ver direto na comunidade.
Agora fica a questão: A APCM está cumprindo sua função, que é de coibir quem pirateia músicas e, direta ou indiretamente, é o caso de comunidades como estas. Porém, como o próprio comunicado da moderação afirmou, sempre haverá outros meios de se conseguir links para download e formas de compartilhamentos de arquivos e a Discografias é apenas um peixe pequeno no oceano. Resta saber até quando e onde podem ir tais órgãos para tentar inibir a prática de downloads e se a comunidade não seviu como “bode expiatório”.
Fonte: G1 Tecnologia