Semana nos quadrinhos: Liga da Justiça, Jack Kirby e Alan Moore

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O texto abaixo pode conter SPOILERS, então leia por sua conta e risco.

A semana começou com notícias interessantes. Em Justice League America #38, de outubro, assumem os artistas James Robinson (Superman) nos roteiros e Mark Bagley (Ultimate Spider-Man) nos desenhos, e eles trazem uma novidade: A nova formação da Liga da Justiça. O grupo se tornou uma formação inusitada, que agora tem Mon-El e o Guardião, ocupando o lugar do Superman, um novo Batman, e Donna Troy, no lugar da Mulher-Maravilha, e se juntando a eles temos Átomo (ou Elektrón), Dra. Luz, Congorilla (também conhecido como Congo Bill), Lanterna Verde (Hall Jordan), Arqueiro Verde, Estelar e Ciborgue.

Indo para a Marvel. A venda da editora para a Disney começou a gerar problemas. Os filhos do desenhista Jack “The King” Kirby abriram processo contra a Marvel, por direitos autorais das personagens que seu pai ajudou a criar, ao lado de Bob Kane. O advogado deles, por coincidência, é o mesmo que conseguiu ganhar na justiça os direitos das herdeiras de Jerry Siegel, co-criador do Superman.

Mas ao contrário de Siegel, Kirby fora co-criador de vários personagens, dentre eles X-Men, Quarteto Fantástico, Capitão América, Vingadores, Thor e Hulk, sendo assim o processo ainda envolve a 20th Century Fox, além das distribuidoras Universal e Paramount. De acordo com a justiça norte-americana, os herdeiros de Kirby poderão se tornar elegíveis em breve a adquirir os direitos das personagens que seu pai ajudou a criar. Embora ainda não esteja completamente certo a compra da Marvel, pois os acionistas não deram sua posição sobre a negociação, a Disney já disse que as alegações de direitos autorais foram consideradas no processo de aquisição da Marvel.

Agora, Alan Moore, um dos gênios por trás de Watchmen, Liga dos Cavaleiros Extraordinários e Meninas Perdidas, volta a protestar contra as revistas estadunidenses. Sua entrevista está sendo lançada em partes no site Mania. Na primeira, ele demonstrou sua felicidade com a publicação da personagem Marvelman, criação de Mike Anglo, que ele chegou a assumir durante alguns anos, na Inglaterra. Ele se disse feliz, pois soube que o dinheiro da venda dos direitos irá para o criador e sua esposa. Já na segunda, demonstrou insatisfação pelo rumo que os quadrinhos dos EUA tomaram, se sentindo culpado por isso. Desabafou dizendo não gostar de seu trabalho com Piada Mortal, um verdadeiro marco para os fãs do Batman, que não esperava que Watchmen se tornasse um marco, também criticou a atual falta de criatividade que anda acontecendo nos quadrinhos, que cada vez mais se tornam repetitivos e mencionou que não é nada sadio um mercado baseado no seu trabalho.

Sinceramente, sempre fui fã de Moore e acho que sua opinião é válida quanto a isso. O mercado estadunidense se baseou completamente em seu trabalho em Watchmen, dando uma caracterização mais violenta aos quadrinhos. Tudo bem, os anos da inocência se foram, mas já faz tempo que os super-heróis não servem mais para crianças e adolescentes, devido ao alto grau de violência que é refletida em suas páginas, mas venhamos e convenhamos, Watchmen, como The Dark Knight Returns de Frank Miller, foram e sempre serão um verdadeiro marco, sendo renegados ou não pelos seus idealizadores.

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